terça-feira, 23 de junho de 2015

105ºCapitulo

Narrado por Guilhermina.

Eu ainda não acreditava que o maldito Enzo não me deixou nada, nem um misero centavo, até o filho daquela bastarda da Ana Beatriz havia herdado alguma coisa, e eu que tive que ficar a vida toda com esse insuportável, no final não ganhei nada. A vida é muito injusta, eu fiz de tudo para ficar com Enzo que era pretendente da minha irmã, ela sempre teve tudo e eu nada, tive que engravidar desse trouxa, e a persuadir a se matar, para conseguir o meu tão sonhado casamento e minha vida de luxo, mas nada disso valeu a pena, se eu soubesse que no final o desgraçado não me deixaria nada, eu mesma o matava no dia seguinte do nosso casamento, assim ficaria com tudo o que era dele, e depois colocava pra adoção a criança. Odeio crianças, ainda não me conformo em ter tido duas gravides, a de Gabriel tive que engolir pois eu mesma planejei, mas quando descobri que o maldito Enzo havia me engravidado de novo, fiz de tudo para abortar aquela criança, mas foi em vão e logo o Enzo descobriu que estava outra vez gravida, e tive que passar por tudo de novo, ficar igual uma orca, estragar meu maravilhoso corpo para no final sentir dor e sair um pequeno monstrinho que só faz sujeira e chora de dentro de mim. Desde que a tal Clarissa que era babá dos meus filhos apareceu em casa eu suspeitava os olhares de Enzo pra ela, mas pra mim tanto faz, eu sabia que ele tinha amantes, e eu também tinha os meus, então estava tudo certo, só não imaginava que essa mulher fosse estragar minha vida, tendo aquela pequena infeliz, realmente essa Ana Beatriz nasceu para me infernizar, desde quando era pequena já começou a tomar o que era meu, não suportava aquela menina quando vinha na minha casa, e Enzo sempre foi um babaca, ficava com ela o tempo todo ao invés de ir trabalhar e ganhar mais dinheiro. Mas enfim, o tempo passou, o babaca morreu, e agora a sorte começou a sorrir outra vez pra mim, desde aquele maldito dia da leitura do testamento, estou ficando na casa de uma filha de uma prima minha que mora em um apartamento no mesmo condominio onde sempre morei, e ela por ser loira e atraente a persuadi a tentar seduzir o cantorzinho em um dia desses em um hotel, o que não deu certo e eu a xinguei de tudo quanto é nome, nem pra conseguir dormir com o namorada da bastarda ela serve. Eu todos os dias, acompanhava de longe o movimento da casa do cantor, desde quando o bastardinho filho nasceu, até o dia que meu lindo plano foi executado perfeitamente.

-Guilhermina não é arriscado demais querer roubar essa criança?-Sabrina me dizia pela milésima vez enquanto eu ajeitava as coisas que levava todos dias para tentar o sequestrar
-Cala a boca, eu preciso tentar sequestrar esse menino logo, e você sabe que se eu conseguir o que quero, você tambem vai ganhar alguma coisa
-Ta-ela deu de ombros e voltou a fumar seu cigarro-só que o tempo ta passando priminha, e aquele casal que você prometeu que ia arrumar o bebê queria um recém nascido
-Eu sei, mas eu ainda não tive chances poxa, todo os dias aquela casa tava movimentada, vou esperar no dia que eu perceber que ta só a bastarda e o bebê, espero que esse dia chegue logo
-Boa sorte então em seu dia de espiã-disse rindo irônica 

Nem liguei, e depois de tudo pronto, segui para ficar escondida no meio dos arbustos de sempre, assim que cheguei já notei que uma velha e uma outra moça saiam, acho que eram a mãe e a irmã do namoradinho da bastarda, um tempo depois vi Gustavo e aquela que engravidou dele até hoje não entendo como, por ele ser viado, os dois ficaram um bom tempo lá dentro, e então percebi duas empregadas irem embora pela porta da cozinha, não sei porque mas senti que era esse o momento, entrei dentro daquela casa, e eu precisava ser rápida, parecia que a sorte estava realmente colaborando comigo, fui me aproximando das escadas, e de lá eu os ouvia se despedir na sala, aproveitei quando vi que minha enteada querida os levou até a porta e subi correndo os poucos degraus que já davam acesso a um quarto, e como o meu dia não podia ficar melhor, já vi de cara o berço do filhinho dela, sorri vitoriosa, em cima do berço estava algo pendurado muito cafona e cheio de bichinhos escrito Enzo, ri daquilo, só pode ser doença colocar o nome daquele bastardinho igual ao do morto, o bebê estava dormindo o que iria facilitar meu trabalho, peguei uma folha dentro de minha mochila e um batom vermelho para deixar bem marcado que não era brincadeira, e deixei meu recadinho, peguei aquele bebê o colocando dentro da mochila, é obvio que não iria andar por ai com aquilo no colo, ele pareceu acordar e eu tapei sua boca.

-Fica quieto moleque, você vai passear e ficar bem longe da sua mamãe bastarda

Ele ameaçou chorar e sai correndo dali, passei correndo pela cozinha enquanto aquele menino esgoelava, coloquei uma fita em sua boca para o fazer parar de chorar, e como ele estava discretamente dentro da mochila, ninguem iria saber que ali dentro estava uma criança nojenta. Cheguei super feliz no apartamento, e Sabrina ainda fumava, joguei a bolsa em cima do sofá e ela me olhava sem entender.

-Olha o que esta ai dentro-disse na maior alegria do mundo

Ela abriu a mochila e me olhou sem acreditar, e já tirando a fita da boca daquele maldito moleque que chorava sem parar, estava até vermelho.

-Guilhermina, ele é só um bebê, agisse como um ser humano pelo menos-ela o pegou no colo cheia de dedos e eu revirei os olhos
-Se vira com ele ai, e vê se faz ele parar de chorar, agora preciso comunicar aquele casal que já tenho o bebê que eles vão adotar
-Mas...
-Fica quieta garota, me ajuda calando a boca desse moleque, espero que ele já tenha se calado na hora que eu voltar

Sai de casa novamente e ainda bem que não dava para ouvir os berros daquele garoto do outro lado, minha sensação era de satisfeita, agora sim a Aninha Beatriz iria pagar por tudo o que me tomou, principalmente por nascido e dado a luz aquele serzinho.

Narrador on.

Após constatar que aguem roubou seu filho, Bia acabou desmaiando na cozinha em meio a dor e o desespero que sentia. Bruna e Marizete ainda demoraram a voltar um pouquinho e chegaram todas alegres em casa, com brinquedos e roupinhas novas para Enzo que era o xodó da familia.

-A casa ta quieta, será que a Bia ta fazendo o Enzo dormir?-diz Bruna notando o silêncio enquanto colocava umas sacolas no sofá
-Sobe lá Bruna, mas se ela estiver fazendo ele dormir deixa ele quieto
-Ta bom mãe, eu sei o quanto ele é enjoadinho pra dormir-diz Bruna rindo e subindo até o quarto de Bia, enquanto Marizete seguia para a cozinha para deixar as coisas que haviam comprado
-BRUNA CORRE AQUI-Marizete gritava desesperada por Bruna assim que chegou na cozinha e viu Bia desmaiada no chão e com um pouco de sangramento na cabeça
-Meu Deus o que aconteceu?-Bruna pergunta desesperada
-Eu não sei, me ajuda tentar acordar ela

As duas tentavam acordar Bia, e só depois de passar um pouco de álcool em seu nariz ela finalmente acordou, porém falando coisa com coisa.

-Enzo, meu filho, eu quero meu filho, preciso achar meu filho, Enzo a mamãe te ama-ela dizia e começou a chorar deixando Marizete e Bruna sem entenderem nada
-Bia, calma o que aconteceu, o Enzo ta bem-diz Marizete tentando a acalmar
-Meu filho, cadê meu filho-Bia olhava pros lados-ENZO-começou a gritar por ele
-Bruna vai ver se ele ta berço e trás ele para a Bia ver que esta tudo bem-diz Marizete estranhando as atitudes dela

Bruna foi correndo até o quarto, e como da outra vez ela mal teve tempo de entrar no quarto e já teve que ir correndo socorrer Bia na cozinha, um desespero tambem a bateu, ao ver o bercinho vazio, e pegou com as mãos tremendo aquele bilhete que ali estava jogado, e desceu correndo e chorando até a cozinha.

-Mãe o Enzo não ta ali-Bruna dizia desesperada, o que fez Bia chorar mais ainda sentada no chão-olha isso-Bruna entregou o bilhete a mãe que já deixou lágrimas rolar ao ler
-Isso não pode estar acontecendo-diz Marizete inconformada
-MEU FILHO, EU QUERO MEU FILHO, ENZOOO-Bia gritava e chorava feito louca, Bruna se abaixou e abraçou a cunhada
-Bia, se acalma, a gente vai encontrar ele
-Eu... eu vou ter que ligar para o Luan-diz Marizete sem nem saber como se mover
-O Luan vai surtar com isso mãe, melhor a gente não o avisar ainda, ele não pode ficar cancelando tantos shows assim
-Mas Bruna é o filho dele, seria pior se ele descobrisse que isso tudo ta acontecendo e ele não foi avisado
-Você quem sabe mãe-diz Bruna ainda chorando abraçada a Bia que não tinha forças pra mais nada


Marizete assente tomando coragem, segue para a sala com o coração na mão, pega o telefone e disca o numero do filho, tentando manter a calma e não o assustar, mas seria impossível o dar a noticia que o seu filho sumiu sem o deixar em estado de choque. 
Luan havia acordado com um sentimento ruim, e desde o dia que viajou sonhava com seu filho, mas ele achava que era apenas saudade por estar muito apegado ao filho, seu dia foi normal, ele teve uma entrevista em uma rádio, foi para a academia, almoçou com o pessoal de sua equipe e depois foi descansar em seu quarto, mas com aquele sentimento de inquietação que não passava, diversas vezes ele pegou o celular na mão para ligar para Bia e perguntar se estava tudo bem com ela e com o bebê, e ele estava distraído com o celular na mão justamente com o pensamento de ligar para Bia, quando vê o número de casa aparecer na tela de seu celular e um sentimento estranho invadir seu peito, o fazendo atender receoso e com medo do que iria ouvir naquela ligação.

Ligação on.
-Alô?-Luan atendeu meio receoso
-Meu filho-disse Marizete com a voz meio embargada
-Mãe ta acontecendo alguma coisa, não ta?-Luan fica paralisado ouvindo a mãe fungar do outro lado

-Eu não posso esconder isso de você-diz Marizete chorando-não sei como aconteceu, mas eu e a Bruna saiu, e quando a gente chegou em casa a Bia tava desmaiada na cozinha, e o Enzo... sumiu...-Marizete dizia desesperada
-O que? repete-Luan sentiu um solavanco no peito
-O nosso anjinho, nosso Enzo sumiu, alguem sequestrou ele-diz Marizete já não se aguentando e chorando muito enquanto Luan estava pasmo e desligou o telefone
Ligação off.

Luan ainda não caia em si do que estava acontecendo, ouvir que seu filho havia sumido o deixou sem reação, parece que tinham levado metade dele junto, e movido pelo desespero do momento Luan saio de seu quarto indo atrás de seu empresário e batendo forte na porta, enquanto lágrimas desciam de seu rosto e ele não controlava a raiva, misturada com a dor.

-Oi, Luan, o que...
-Fabio, eu preciso do meu jatinho agora pra voltar pra São Paulo-Luan o dizia desesperado passando a mão no cabelo enquanto chorava e Fabio respirou fundo tentando entender aquilo tudo
-Luan, você não pode querer voltar assim...
-EU VOU E PRONTO, QUER SABER NÃO PRECISO DE VOCÊ PRA NADA, EU MESMO VOU LIGAR PRO PILOTO-diz Luan já tentando achar o número do piloto em seu celular quando Roberval que ouvia aquela gritaria toda saiu de seu quarto e foi até Luan que realmente estava com um semblante de dar dó
-O que aconteceu Boi, pra...
-Roberval, liga pro piloto que estamos indo pro aeroporto agora
-O que?-Rober olha sem entender para Fabio que fazia sinal de que Luan estava louco-mas Luan assim do nada...
-Cala a boca, e faz o que eu tô mandando, se você não ligar eu dou meu jeito mas eu vou pra casa ainda hoje-diz Luan seguindo aos choros para o seu quarto fechando a porta com toda a força logo em seguida e já enfiando de qualquer jeito as suas coisas dentro da mala enquanto as lágrimas caiam e a imagem de seu pequeno invadia sua mente

Roberval e Fabio estavam sem entender nada, e Rober resolveu ligar para Bruna, pra tentar ter alguma explicação, Bruna estava pior que Luan, chorava desesperada a todo momento e ele apenas deu pra ouvir na hora que ela disse "sequestraram o meu sobrinho", o fazendo entender o desespero de Luan, e logo Rober deu um jeito de ligar para o piloto, e explicou mais ou menos o que aconteceu a Fabio que já bufava junto de Arleyde, pois os dois que teriam que resolver tudo, já que Luan com certeza não teria cabeça para fazer mais nenhum show durante a semana.

-Roberval, já ligou pro piloto?-diz Luan saindo todo apressado com sua mala do quarto
-Já sim Boi-diz Rober visivelmente mal pelo o que aconteceu-eu liguei pra Bruna, e ela me contou o que aconteceu, tenho certeza que logo vamos encontrar o seu filho
-Eu te juro Roberval, que se eu descubro quem fez isso, eu vou preso, vou pro inferno, mas mato com as minhas próprias mãos o infeliz-diz Luan já chorando todo desesperado e Rober o abraça no elevador em sinal de consolo

Realmente as coisas tinham tendencia a piorar, e esse pesadelo era só o inicio, mal sabiam o que Guilhermina planejava fazer com o pequeno Enzo, e que era uma corrida contra o tempo para ter Enzo são e salvo nos braços de sua mãe e seu pai outra vez.

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Olá amores, agora vem a tenção, essa Guilhermina não presta mesmo, quero muitos comentários em, eu fico muito feliz ao ler oq vcs comentam, vcs q me dão forças para continuar a escrever, obrigada por tudo, leitores que quiserem ser avisados dos capitulos, só deixarem o numero que adiciono no wats, enfim, espero que estejam gostando da fic, bjooos <3

6 comentários:

  1. Essa Guilhermina é uma mau amada, bruaca velha, coitada da família principalmente luan e bia tavam tão feliz com Enzo, quando o Luan acha o Enzo essa mulher tem que leva pelo menos uns tapa da bia .
    Nossa que saudade que eu tava da fic, conseguir terminar os capítulos que não teve com eu ler, e eu to muito feliz dw ver que, vc continuo a fic, que aliás ta ótima, eu sabia que ela seria perfeita logo pelo primeiro capítulo.

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  2. Nossa que capitulo perfeito.
    Tadinha da bia, chorei junto com ela
    Essa Guilhermina merece morrer.

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  3. Nossa essa Guilhermina ninguém merece q maldade meu... continua Bia

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  4. Continua aí que do que mulher ruim.

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  5. Nega está havendo comentários de que o Blogger sera desativado, posta logo por favor...

    http://blogger.globo.com/index.jsp

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  6. Guilermina é pior que o capeta! VOLTA LOGO MUIÉ

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Cada comentário é um beijo no Luan, comentem ai amores ;)