70ºCapitulo

Eu não sabia o que falar, estava pela primeira vez diante de minha mãe e ela logo começou a chorar e me olhava com um brilho imenso nos olhos.

-Mãe me diz que é verdade, esse é meu filho?-ela perguntava sem acreditar a dona Marina
-É sim minha filha-ela a respondeu tambem super emocionada-esse é o nosso menino
-Meu filho-ela chorava incessantemente e estava com os olhos fixados em mim, e eu tambem chorava-por favor vem aqui-ela me chamava com as mãos

Não sei como consegui me mover e ficar ao lado da cama dela, logo ela me envolveu em um abraço e minha camisa já estava toda molhada devido suas lágrimas.

-Me perdoa meu filho, me perdoa-ela sussurrava em meu ouvido

Ouvi a porta se fechar e notei que dona Marina havia nos deixado a sós, eu ainda não sabia o que dizer e apenas a apertei mais forte no abraço, eu sempre gostei dos abraços da minha mãe adotiva realmente é o melhor abraço do mundo, mas ao abraçar Clarissa eu senti algo diferente, meu coração bateu mais forte e parecia que naquele abraço eu encontrei todo amor que com o tempo ela não pode ter me dado.

-Você é tão lindo-ela dizia alisando meu rosto-você se parece com seu pai, mas tem os meus olhos-ela sorriu de canto emocionada-não imagina o tanto que te procurei e o tanto que me arrependo de um dia ter te abandonado-ela não tirava a mão de meu rosto e eu apenas assentia tudo o que ela falava-me diga alguma coisa meu filho, me xinga, diga que me odeia mas não fica nesse silêncio-ela me implorava com os olhos inundados por lágrimas
-Eu... não sei o que dizer-disse quase que num sussurro
-Então não precisa dizer nada, só fica aqui comigo, eu te amo mais que minha propria vida e agora que já te encontrei posso morrer em paz-ela acariciava meus cabelos-qual o seu nome?
-João Miguel
-João Miguel, lindo nome-ela sorriu emocionada-eu iria te chamar de Felipe, sempre fui apaixonada nesse nome, mas João Miguel é muito lindo e pouco importa o seu nome agora, o que importa é que você esta aqui
-Clarissa, porque a Ana fala tão mal de você?-perguntei a duvida que me rondava, ela não parecia ser uma mãe ruim, só demostrava ser uma pessoa que sofreu muito na vida, devido as olheiras e o olhar triste
-Ana Beatriz?-perguntou deixando mais lágrimas rolar e eu apenas assenti-tambem errei muito com ela, e não sei se um dia ela vai me perdoar-disse olhando para o nada com uma certa tristeza
-E porque me abandonou?-essa era a pergunta que me fazia todos os dias, porque fui abandonado por quem me colocou no mundo, e agora frente a frente com ela vou ter a resposta que mais temi em um dia ouvir
-Porque eu sempre faço tudo errado-ela abaixou a cabeça-eu não sei porque fiz isso com você, mas eu estava sem saida, eu namorava um homem que era o amor da minha vida, mas me engravidou e me abandonou sem dar explicação, fui expulsa de casa e taxada como vadia pela sociedade, estava morando com uma tia irmã do meu pai por piedade e depois que você nasceu não tinha mais para onde ir pois ela não queria ter mais complicações com o meu pai, o seu parto foi muito complicado quase que eu e você morremos, fiquei algumas horas no hospital em observação e depois fui liberada, ate então eu ainda mal o tinha visto, você nasceu prematuro e como eu não tinha dinheiro tive que ir embora do hospital com você nos braços-ela se derramava em lágrimas e eu tambem chorava-quando olhei você pela primeira vez meu coração disparou de felicidade, mas eu não tinha como me sustentar e muito menos cuidar de você, andei pelas ruas de Campo Grande por algumas horas, era tarde da noite e fazia muito frio, encontrei uma casa bem grande e bonita, e com o coração na mão-ela fechava os olhos e chorava arrependida-o deixei ali-disse quase num sussurro

O silêncio reinou naquele quarto, a unica coisa que se ouvia era o choro desesperado de Clarissa e o meu choro, pois não estava sendo facil ouvir aquilo tudo, era a minha historia e me doeu saber que ela passou por tudo isso.

-Eu sei que não vai ser fácil me perdoar, mas eu só te peço que pelo menos tenha piedade de mim e me compreenda, na minha vida sempre tudo deu errado e o maior erro que cometi foi em um dia o abandonar, mas eu era jovem, insegura, e não tinha outra escapatória, eu ate tentei uns dias depois voltar atrás e ficar com você mas já era tarde, a familia que eu suponho que o adotou havia se mudado pra São Paulo e foi ali naquele momento que me senti a pior pessoa do mundo indigna de um dia ser chamada de mãe

Eu via a culpa e o desespero nitidamente expressos naqueles olhos, tudo bem que ela ágil friamente e não merecia mesmo meu perdão por ter sido tão cruel ao me abandonar quando nasci, mas eu teria que a dar um voto de confiança, afinal ela era a minha mãe, e como sempre aprendi a gente deve perdoar os outros, já que Deus sempre nos perdoa de nossos pecados.

-Clarissa-disse segurando em sua mão-eu nunca imaginei que isso estivesse acontecido com você, lamento muito, fui adotado por uma ótima familia e moro no Rio de Janeiro desde sempre, sei mais ou menos que eu vivi em alguns abrigos de São Paulo, mas fui adotado por uma familia do Rio, eles sempre me deram amor, carinho, educação e tudo o que precisei, por isso nunca quis ir atrás de meus pais biologicos, eu já tinha e ainda tenho tudo com eles, mas desde que conheci a Ana e descobri que somos irmãos, ela me disse seu nome e me bateu uma curiosidade de saber sobre o que realmente aconteceu, eu quis saber qual o meu passado, e por isso eu te perdoo-disse a olhando nos olhos
-Você esta falando serio?-perguntou toda emocionada
-Sim-sorri de canto pra ela-todos merecemos uma segunda chance e o perdão
-Eu te amo tanto meu filho-ela acariciava meu rosto emocionada-me perdoa por tudo que fiz você passar, a culpa é toda minha
-Não precisa mais se martirizar nem se culpar com esse erro, eu já estou aqui, e te perdoei-a dei um beijo na mão e ela sorriu-agora preciso saber, quem é meu pai?

Ela respirou fundo e vi uma certa raiva brotar em seus olhos.

-Ele se chama Amarildo, mas ele nunca quis saber de você, eu fui uma boba apaixonada por ele e ele me deixou da forma mais rude e fria, ele só me usou, já estava de casamento marcado e prestes a ser pai, e eu nunca soube disso, fui saber a pouco tempo-ela respirou fundo-e graças ao encontro desagradavel que tive com ele e toda sua familia, que eu a Bia desde então não nos vimos mais e ela nunca mais quis saber de mim
-Então eu tenho outros irmãos?
-Tem sim, e pode ate duvidar de mim mas você é irmão de nada menos que...
-Fim da visita-a enfermeira entrou com uma bandeja de frutas e remédios-agora é o horário dela comer e tomar os remédios
-Promete que vai vim me visitar outra vez?-Clarissa me perguntou com os olhos marejados
-Prometo-disse a dando um beijo na testa e ela sorriu
-Vai com Deus meu filho, eu te amo-ela disse sussurrando em meu ouvido enquanto me abraçava

Apenas assenti e a enfermeira me mandou sair do quarto logo, dona Marina me esperava sentada numa sala ali do lado e sorriu ao me ver.

-Falou com ela?
-Falei sim-disse sorrindo de canto
-Agora vamos, se quiser ficar um pouco comigo lá em casa-disse sorrindo meiga
-Seria um prazer mas eu estou hospedado em um hotel e preciso ficar um pouco sozinho para colocar a cabeça no lugar
-Te entendo querido-disse compreensiva

Deixei dona Marina em sua casa e após a abraçar e a beijar bastante, pois é eu amei conhece-la, finalmente segui para o hotel onde estava hospedado para pensar em tudo o que descobri hoje, mas uma coisa ainda me intrigava, quem era meu irmão? pois Clarissa não teve tempo de terminar de me contar.

Bruna narrando.

O Luan tinha encasquetado com uma tal morena que se esbarrou no aeroporto e por isso viemos parar em Recife, o Pi quando gama em uma mulher realmente faz loucuras por ela, e por um lado eu fiquei feliz por ele, pois finalmente ele estava se esquecendo da Bia. Quando cheguei ao teatro claro que me deslumbrei, eu amo tudo relacionado a isso, não é atoa que tambem faço teatro, mas me surpreendi ao descobrir que a tal "morena" que o Luan falava tanto era a Bia, minha ex cunhada. No começo nós duas nos estranhamos um pouco mas conforme fomos conversando nos demos bem novamente, fiquei mega hiper feliz ao descobrir que ela encontrou o nosso irmão, e mais feliz ainda ao saber que eu tinha uma sobrinha, sempre sonhei em ser tia de uma menina ou ter uma filha. O Pi me ligou e eu acabei tendo que mentir pra ele, mas logo voltei pra casa de praia aonde estavamos e eu já me preparava para as milhares de perguntas que ele iria fazer.

-Ate que enfim chegou dona Bruna-disse Luan erguendo as mãos pro céus e minha mãe riu do drama dele
-Deixa de ser exagerado Pi, ninguem mandou me falar sobre o teatro daqui, eu amei conhecer lá e por isso aproveitei mesmo-disse toda feliz
-Que bom que gostou minha filha, mas você já almoçou? deixei um prato separado pra você é só esquentar no microondas-disse minha mãe como sempre toda preocupada se eu tinha comido
-Almocei sim mãe, num restaurante lá perto-disse sorrindo de canto
-Bubuzinha vem cá, preciso te mostrar uma coisa-disse Luan todo animado me puxando para o seu quarto
-Ta fala logo?-já fui o perguntando diretamente assim que chegamos no quarto pois eu tinha certeza do que ele queria saber
-Ela não disse nada mesmo se quer ir jantar comigo?
-Não Luan, como eu disse mal falei com ela-disse tentando disfarçar que o escondia a verdade
-Eu vim aqui doido pra ver essa muié cara-disse Luan se jogando na cama todo dramático-nunca tenho sorte nessa porra de amor
-Pi, para com isso-me sentei ao lado dele-é que você ainda não encontrou a pessoa certa-alisei o cabelo dele
-Encontrar a pessoa certa eu já encontrei, mas eu mal sei onde ela tá agora-ele disse suspirando fundo e olhando pro teto, sabia que seus pensamentos estavam em Bia
-Pi-o chamei-eu preciso te contar uma coisa

O meu defeito é esse, não consigo esconder nada do meu irmão, ainda mais sabendo que a felicidade dele depende disso.

-O que?-perguntou sem me olhar e ainda encarando o teto
-Eu... me encontrei com a Bia-disse com um certo receio da reação dele
-O que?-perguntou me encarando serio-na onde foi isso?
-Aqui em Recife
-E na onde ela ta?-perguntou se levantando todo apressado da cama e já procurando uma roupa em sua mala-onde Bruna?
-Eu num sei-essa parte era verdade eu não sabia na onde ela tava
-Mas na onde você viu ela?
-No teatro
-Ela trabalha lá?
-Na verdade, ela é a morena que você estava procurando-joguei a realidade na cara dele e Luan me olhou arregalado
-O que? mas como assim? ela sempre foi loira e...
-Mas ela esta morena Pi, você é tão lerdo que não a reconheceu, e o nome que tava na folha era da personagem dela
-Agora tudo faz sentido-disse rindo irônico-eu sou muito idiota cara, eu devia saber que era ela, eu nunca iria me esquecer daqueles olhos azuis
-Mas nem a reconheceu né Pi
-Então por isso que ela não quis saber de mim?
-Pi não é isso é que...
-Eu já entendi Bruna, mas então ela esta morando aqui?
-Parece que sim
-Você ia me esconder isso não ia?-perguntou me olhando nos olhos
-Mais ou menos Pi, é que eu prometi a ela que...
-Então vocês conversaram?
-Sim
-Pode me contar tudinho Bruna-disse se sentando ao meu lado na cama

Respirei fundo e contei tudo a ele, inclusive sobre o nosso irmão o que deixou Luan boquiaberto e super feliz.

-Não acredito nisso Bubu, então nosso irmão existe mesmo
-Existe sim Pi, e ele é muito lindo-suspirei ao lembrar dele, que pena que era meu irmão
-Para de suspirar ai-Luan me deu um beliscão no braço-ele tambem é seu irmão
-Eu sei Pi, mas nossa ele é muito lindo
-Mais lindo que eu?-perguntou bicudo
-Sim-disse segurando o riso só para o irritar
-Ok então vai atrás do seu irmão lindo e perfeito, fala pra ele pagar suas aulas de teatro, suas idas ao shopping, ao salão de beleza, ao...
-Tô brincando Pi-disse rindo do ciumes dele-eu te amo maninho lindo-o dei um beijo no rosto-você sempre vai ser o meu irmão mais lindo ta bom?
-Acho bom mesmo-disse ainda bicudo

Narrador on.

Após Bruna contar tudo a Luan, ele claro ficou doido para se encontrar outra vez com Bia, mas se nem Bruna sabia onde ela estava ele que não iria saber mesmo. Bia assim que chegou em sua casa, estava tudo tranquilo e em silêncio, sinal de que Susan e nem Gustavo estavam em casa, ela se jogou em sua cama e ainda estava em choque por ter visto Bruna, por um lado ela estava aliviada já que Luan não sabia dela, mas seu coração gritava por ele, que estava tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Um tempinho depois Susan e Gustavo chegaram em casa e Bia que estava jogada no sofá assistindo TV e se acabando com um pote de sorvete, foi logo os questionando.

-Onde vocês estavam?
-No hospital maninha, esqueceu que a bebê passou mal?-Gustavo disse dando um beijo na cabecinha de Valentina enquanto Susan a levava para o seu quartinho já que a pequena dormia
-Nossa Guga é mesmo, o que ela tem?-Bia perguntou toda preocupada
-É só uma virose, só hoje chegou mais de 15 crianças lá no hospital tudo com virose
-Nossa, e como ela ta agora?
-A gente ficou lá porque ela tava tomando soro e acabou sendo liberada só agora
-Tadinha da bebê
-Mas graças a Deus ela já ta boazinha e acabou dormindo por causa do soro
-Guga vou tomar banho qualquer coisa se a Valentina chorar você corre lá-disse Susan aparecendo na sala o avisando
-Ta bom Susanita pode tomar seu banho tranquila

Susan seguiu para o banho e Bia se sentou mais perto do irmão se deitando no colo dele.

-Ta folgada em-Gustavo disse rindo
-Nossa sera que não posso querer ficar um pouquinho perto do meu irmão? depois não reclama quando o João vier e eu não der bola pra você-disse Bia o chantageando
-Ate parece, eu sou o seu irmão mais lindo e amado, ele chegou depois e não tem nada que ficar roubando as irmãs dos outros
-Ele não esta roubando ninguem, é que poxa eu só queria um pouco de carinho-disse Bia fazendo bico
-Ta com vontade de dar maninha?-Gustavo riu-eu sou a pessoa errada pra satisfazer esse seu desejo
-Nossa Guga, deixa de ser chato-o deu um tapa no ombro-só queria colo
-O que aconteceu em?-Gustavo a perguntou acariciando seus cabelos, ele sabia que a irmã queria desabafar
-O Luan ta aqui-disse Bia fechando os olhos
-Serio?-Gustavo a perguntou sem acreditar-você viu ele?
-Não, mas vi a Bruna e nós duas conversamos
-Maninha juro que não sei o que falar
-Não fala nada Guga, só continua mexendo no meu cabelo
-Ta bom maninha manhosa-a deu um beijo na testa e ficou mexendo em seus cabelos até Bia adormecer

Já se passava das 20:30 hrs da noite, e Bia acordou desnorteada ainda deitada no sofá, estava tudo escuro a casa, e ate mesmo a TV estava desligada, a unica luz que estava acesa era a do quarto de seu irmão Gustavo. Bia se levantou do sofá e estava um calor insuportavel, ela foi acendendo as luzes pela casa e foi na cozinha esquentar algo para comer, no microondas.

-A bela adormecida acordou-disse Gustavo entrando na cozinha só de pijama
-Dormi demais né?
-Pensei que tava hibernando-ele riu
-Quem me dera-ela riu de canto
-Vim só pegar umas coisinhas pra comer com a Susanita-disse Gustavo mexendo na geladeira e nos armários e só pegando guloseimas
-Vocês dois vão ser picados por formiga a noite, cuidado pra não deixar essas coisas cair na cama
-Relaxa maninha, depois qualquer coisa eu durmo no quarto dela e faço ela dormir com as formigas-disse Gustavo rindo
-Você não presta Guga-Bia riu-mas e vocês dois em? ficam só nesse chove não molha
-Eu não sei maninha, estamos vendo no que vai dar-disse Gustavo dando de ombros-quer assistir filme com a gente?
-Não, eu não nasci pra ser vela de ninguem
-Melhor assim-disse Gustavo rindo e voltando pro quarto com as guloseimas e Bia riu do irmão

Após comer o que havia esquentado, Bia foi tomar um banho frio, já que o calor estava enorme. Ela estava sentada na sacada de seu quarto dedilhando um velho violão que havia em seu quarto e olhando pra lua brilhando no céu e aquele mar infinito que ficava de frente a sua janela, o vento batia em seu rosto e seus cabelos balançavam de leve, ela respirou fundo e sentiu o cheiro de Luan a invadir, e se arrepiou toda. Aquele mar estava tão chamativo naquela noite, e Bia decidiu ir lá, não havia ninguem na praia e ela adorava esses momentos só ela e seus pensamentos, só ela e a lua, só ela e o mar, Bia colocou uma roupa mais leve, já que antes estava de pijama:

E seguiu rumo a praia para se sentar frente ao mar e ouvir a melodia das ondas. Luan ainda estava com a ideia de procurar por Bia em Recife, mas acabou se esquecendo disso e conseguiu aproveitar bem o dia com a mãe e a irmã na praia que era particular e não havia aquele tumulto de outras prais normais.

-Mãe, Bubu vamos ver o mar agora-Luan insistia que queria ver a temperatura do mar a noite

-Não Luan, a gente já ficou o dia todo na praia, estou super cansada se você e a Bruna quiserem ir-disse Marizete

-Eu tambem to cansada mãe, preciso dormir logo, se não amanhã mal aproveito o dia-disse Bruna concordando com a mãe

-Vocês duas são tão desanimadas-Luan riu-vou sozinho então, ou melhor vai eu e o meu violão, boa noite pra vocês

Luan pegou seu violão, deu um beijo de boa noite nas duas e foi para a praia, ele avistou uma pedra e se sentou lá, a praia estava totalmente vazia, e a musica que veio em mente era a que dizia tudo o que ele estava sentindo no momento, então começou a dedilhar as notas no violão e a cantar junto ao som do mar e o sopro do vento. 

"Você pode ficar com quem você quiser
Não tem nada a ver
Eu não mando em você
Mas ainda choro
E quando alguém comenta não quero saber

Me preocupo e apesar dos pesares
Eu sempre quero te ver bem
E ainda vou além
Em uma relação
Sei que não vai ser fácil amar outro alguém

E hoje mesmo separados
Sinto que o seu corpo ainda é meu
Às vezes me escondo
E faço de tudo pra ninguém notar que eu
Vivo e morro por ti
Têm semanas que às vezes sofro e vêm as recaídas

Às vezes eu queria ter o poder
De poder te apagar da memória
E nessa fraqueza ter força
Pra fazer com que essa nossa história
Não passe de passado e fique da porta pra fora

Se eu pudesse te apagar da minha mente
Apagaria agora
Mas toda vez que eu me lembro de nós dois
Meu coração sempre chora e é sempre a mesma história..."

Bia que estava sentada observando a lua e só ouvindo as ondas do mar, ouviu ao longe um dedilhar num violão e ao ouvir aquela voz seu coração acelerou, ela olhou para os lados mas não o viu, e conforme cada letra da musica que era citada seu coração se despedaçava mais, era incrivel aquela musica descrever todo o seu sentimento em relação ao Luan, e ela sabia que era ele quem estava cantando, ela poderia sair correndo dali, mas seu coração a fez ficar e ouvir a musica, Bia se derramou em lágrimas e escutava seu sentimento sendo cantando na voz do homem que ela tanto ama. Luan já cantava com algumas lágrimas insistindo em cair quando avista ao longe do outro lado da pedra que estava sentado uma mulher sentada a beira do mar, o vento naquele instante soprou forte e o cheiro dela o invadiu, Luan continuou cantando a musica e olhando em direção a ela, pois seu coração sabia que aquela moça que estava ali era a dona de seus pensamentos. Nem um dos dois sabia se mover, Bia apenas o ouvia e Luan a via, seria o destino que os colocou ali? um dos dois teria que tomar a atitude e como Luan já esperou muito tempo ate encontra-la ele decidiu se arriscar seguindo o seu coração. Assim que a musica parou Bia estava acabada em lágrimas, ela olhava para o céu e perguntava pra Deus de o porque ainda o amar tanto assim.

-Porque ele ainda é o amor da minha vida?-ela peguntava desesperada olhando para o céu

-Porque você tambem é o da minha-disse Luan parado atrás dela e Bia rapidamente se virou para o olhar

-Luan?

Dois corações batiam acelerados, e ambos estavam com lágrimas nos olhos, porem nenhum deles sabia como reagir, e agora estava nas mãos do destino duas pessoas que se amam ficarem juntas, ou não.

________________________________________________________________

Olá amores, depois de tanto me implorarem ta ai o encontro dos dois \õ/ mas sera que vai rolar oq? amor? odio? raiva? ou tudo? kkkkkkkk, quero bastaaaaante comentários para o proximo capitulo, que promete hehe, estou sendo boazinha demais postando dois capitulos seguidos *-* mil beijooos amores <3