segunda-feira, 30 de novembro de 2015

128ºCapitulo

Narrado por Guilhermina.

E depois de ficar durante todo esse tempo sofrendo, na miséria e sendo humilhada por culpa dessa bastarda, finalmente a sorte sorriu pra mim, hoje com certeza era meu dia de sorte, e o dia em que eu iria dar a volta por cima fazendo aquela infeliz pagar por tudo o que passei. Primeiramente eu estava mais feliz do que nunca por estar longe daquele bordel nojento, fedido e imundo, nunca mais veria aquelas vagabundas baratas e aquele ridículo que se achava o meu "dono", segundo eu estava muito bem disfarçada e então a policia não me reconheceria, e terceiro a bastarda da Ana Beatriz caiu nas minhas mãos sem eu fazer nenhum esforço. Depois que ela desmaiou na escada, por sorte ninguem passava por ali, então fui seguindo as escadas e a arrastando até que pude chegar até os fundos do hotel, onde dava acesso a garagem, e como o destino estava contribuindo para minha vingança, a chave do carro da tal funcionaria do hotel que peguei a roupa emprestada estava presa na roupa, e logo destravando o alarme consegui achar o carro, não era nada digno de eu dirigir um carro antigo e velho daqueles, mas era o que me serviria no momento. Como não sou burra, tive que disfarçar bem enquanto carregava o corpo da bastarda até o carro pois poderia aparecer alguem ali devido ser um pouco mais aberto, e a joguei de qualquer jeito no banco de trás, era hora de darmos uma voltinha, ou se ela preferir, a vigem de despedida.


Narrado por Luan.

Eu era o homem mais feliz do mundo, havia me casado com a mulher da minha vida e nossa lua de mel estava sendo mais que perfeita. Porém ontem depois que fizemos amor eu sentia que Bia estava diferente, e eu tambem sentia uma necessidade tão grande de ama-la intensamente, de a demonstrar o quanto a amava, e de simplesmente senti-la, sendo totalmente minha. Hoje quando acordamos, eu ainda notei ela estranha, parece que não havia dormido bem e estava preocupada com alguma coisa, isso me deixou com o coração apertado bem lá no fundo, mas eu fazia de tudo para não a transparecer minha preocupação, por isso acabamos nos divertindo e rindo muito quando fomos tomar café da manhã em uma cafeteria ao lado do hotel, ela simplesmente era a mulher da minha vida, e a vendo sorrir era meu melhor remédio, era a minha maior alegria. Enquanto tomávamos café da manhã em um clima agradável, eis que surge um rato debaixo da nossa mesa, e Bia se assustando com o bichinho acaba derrubando todo o seu cappuccino em cima de mim, em minha camiseta nova. Na hora ela me pediu mil desculpas, e até os donos da cafeteria foram se desculpar com a gente devido o rato que apareceu ali e causou toda aquela situação e constrangimento, e acabou que nem precisamos pagar a conta. Mas quando saímos da cafeteria Bia olhou para minha situação e começou a rir, e foi rindo o percurso inteiro até chegarmos no nosso quarto. Eu logo tratei de ir tomar um banho pois estava todo sujo e melecado, enquanto a fiz ir se virar e dar um jeito de lavar minha camisa. Sai do banho enrolado com meu roupão e com uma toalha enxugando os meus cabelos, percebi que Bia ainda não havia voltado, com certeza deve estar procurando uma lavanderia na cidade, ri de meus pensamentos e me joguei na cama após vestir uma cueca, ligar o ar condicionado e colocar em meu joguinho favorito do celular, enquanto esperava minha mulher voltar pro nosso quarto para a gente escolher um lugar  bacana e sair. Passou-se uma hora e nada de Bia voltar, achei estranho e liguei no celular dela para tentar a localizar, porém ao ouvi-lo tocar ali no quarto, constatei que ela não havia o levado.

-Na onde essa muié se meteu?-me perguntei

Fiquei a esperando por mais um tempo, e já haviam se passado duas horas que ela não dava sinal de vida, comecei a me preocupar, me troquei e resolvi a procurar em cada canto desse hotel, mas sentia que ela não estava ali.

Narrado por Ana Beatriz.

Parecia que eu estava acordando de um pesadelo, quando abri os olhos não reconheci onde eu estava, só depois de sentir que estava em constante movimento, notei que estava deitada em um banco traseiro de um carro, e o mesmo estava em alta velocidade.

-Luan?-o chamei meio desnorteada pensando que estávamos indo para algum lugar e eu peguei no sono, mas ao ver uma mão feminina no volante e ouvir aquela risada constatei, que o meu pesadelo era real
-Acordou bastarda adormecida?-diz Guilhermina me olhando com um olhar penetrante de ódio
-Guilhermina, sua louca, pra onde você ta me levando? como eu vim parar aqui? cadê o Luan? você fez alguma coisa com ele-peguntei já quase pulando para frente e grudando no pescoço dela
-Calma ai queridinha-ela diz dando uma freada brusca e eu fui de cara com o vidro do carro, machucando um pouco minha testa e ela ria sem parar
-Cadê o Luan? me responde, se você fez alguma coisa com ele eu juro...-ia pra cima dela, mas ela segurou meu braço forte
-Seu cantorzinho ta bem longe, para de se preocupar com ele querida, a unica que vai sofrer é você-diz me olhando sarcástica
-Você é doente Guilhermina-neguei com a cabeça-já não basta ter sequestrado o meu filho um dia, e agora me sequestrou?
-Querida, se eu quisesse apenas te sequestrar já tinha feito isso faz tempo-ela ri-eu quero é que você MORRA-diz vindo para cima de mim e me enforcando, eu tentava reagir mas ela parecia ser mais forte
-ME SOLTA SUA LOUCA-tambem apertava forte o pescoço dela, mas eu sentia as unhas dela serem cravadas em mim, e o ar já estava me faltando
-ISSO É PARA VOCÊ APRENDER, QUE NUNCA DEVERIA NEM TER NASCIDO-senti minha garganta aliviar, porém senti um tapa forte no rosto, seguido de um cuspe da mesma e me deu vontade de vomitar
-ME SOLTA GUILHERMINA-comecei a chorar, pois sentia que iria morrer nas mãos daquela mulher
-VOCÊ AINDA NÃO VAI MORRER SUA VADIA, PRIMEIRO VOCÊ VAI SOFRER, ESSES SEUS ULTIMOS MINUTOS VÃO SER OS PIORES DA SUA EXISTÊNCIA-diz gritando feito uma louca e me dando um outro tapa forte seguido de um cuspe

Percebi que ela iria ligar outra vez o carro e tentei passar o mais depressa possível para o banco da frente e sair pela porta do passageiro, já que o carro era só de duas portas, mas ela puxou forte meu cabelo, e eu senti que alguns fios foram arrancados devido a forma brusca.

-EU NÃO SOU BURRA EM FACILITAR AS COISAS PARA VOCÊ-ri feito uma louca e outra vez ligando o carro em alta velocidade
-POR FAVOR GUILHERMINA PARA COM ISSO-eu pedia desesperada chorando, sentia que ali era meu fim
-HAHAHA, AGORA A BASTARDINHA ESTA CHORANDO-ela acelerava mais o carro-CHAMA SEU PAPAIZINHO PARA VIR TE SALVAR CHAMA, HA É MESMO ELE TA MORTO-ela ria
-NÃO FALA DO MEU PAI ASSIM SUA BRUXA, VOCÊ É MALUCA, MERECE IR PRO MANICOMIO
-VOU FAZER COMPANHIA PARA A SUA MAMÃE-ela ria mais ainda-FILHA DE UMA LOUCA, E DE UM PAI MORTO, ALÉM DE SER BASTARDA
-NÃO FALA DOS MEUS PAIS, PELO MENOS EU NÃO NASCI DE VOCÊ, TENHO MUITO ORGULHO DE ONDE EU NASCI
-VOCÊ É BASTARDA, VOCÊ FOI REJEITADA PELA SUA MÃE, NINGUEM QUERIA QUE VOCÊ NASCESSE, VOCÊ É O MEU ESTORVO DESDE ANTES DE NASCER
-SE VOCÊ ME ODEIA TUDO BEM, MAS PARA ESSE CARRO GUILHERMINA, VOCÊ NEM SABE AONDE A GENTE TA INDO-disse vendo que estavamos em uma estrada deserta e cheia de curvas-A GENTE VAI MORRER SUA LOUCA
-EU VOU MORRER FELIZ-ela ri feito uma descontrolada-E VAMOS JUNTAS PRO INFERNO, ENCONTRAR COM SEU PAPAIZINHO
-QUEM VAI PRO INFERNO É VOCÊ

Guilhermina corria aceleradamente com aquele carro, e eu apenas chorava, enquanto a via gargalhar feito uma louca, meus pensamentos estavam em Luan e em Enzo, e pedia para Deus os confortar e cuidar deles por mim, já que com aquela louca eu sabia que iria morrer, eu sentia isso. Meu coração batia acelerado, e eu fechava os olhos tentando me lembrar de tudo de bom que já vivi, nos meus momentos de infância com meus irmãos, principalmente com meu pai, quando conheci Luan e todas as vezes que fizemos amor e sorrimos juntos, me lembrei quando descobri que seria mãe, e do nascimento do meu filho, me lembrei de cada um que me fez sorrir, e que fez parte da minha vida, com certeza levaria um pouquinho de cada um comigo. Enquanto Guilhermina gritava, me xingava e manifestava todo o seu ódio por mim acelerando o carro no ultimo, eu permaneci de olhos fechados e tentava não ouvir nada do que ela dizia, pensava nas músicas de Luan, e na doce voz de anjo que meu amor tinha, no momento pensar naquela musica "a gente não precisa ta colado pra ta junto..." era o que me confortava, pois eu sabia que mesmo quando eu não estivesse mais aqui, o Luan ainda iria se lembrar de mim, quantas as vezes dormi embalada pelas mais lindas canções cantadas ao vivo só pra mim, quantas as vezes o ouvia compor baixinho na madrugada só para não me acordar, quantas as vezes eu fui feliz, quantas vezes eu amei e fui amada, com certeza era isso que eu levaria comigo, e só desejava que meus dois amores ficassem bem, que Luan um dia pudesse encontrar um outro amor, eu sabia sabia que não seria como o nosso, mas desejava isso para ele, porque ele merece ser feliz, não ficaria feliz vendo ele chorar a vida inteira por mim, sendo que ele ainda teria a vida toda pela frente, e que Enzo se torne um homem bom igual a Luan, que um dia encontre um grande amor, e que ele seja feliz em tudo o que fizer, pois eu estarei feliz vendo o meu filho, o fruto do meu unico e grande amor, sendo feliz. Num piscar de olhos tudo acontece, eu sempre soube que nessa hora não sentiria dor, só doeu em deixa-los, mas eu apenas abri os olhos e dei um ultimo suspiro, ouvi a risada da louca da Guilhermina, fechei suavemente os olhos outra vez com o pensamento em meu filho e em meu marido, e depois disso apaguei, quem sabe para sempre.

Narrador on.

O carro que Guilhermina conduzia em alta velocidade estava em uma rota perigosa e cheia de curvas, ela o acelerava sem nem saber onde daria, foi quando em uma curva ela perdeu o controle e entrou de frente com um penhasco, caindo em uma queda forte, fazendo Bia e Guilhermina se apagarem completamente no mesmo instante.
No hotel, Luan tentava perguntar alguma informação na recepção, porém ele não sabia falar Francês, Inglês, ou qualquer outra língua em que alguem pudesse o entender, pois era Bia quem estava traduzindo tudo durante a viagem de lua de mel deles, e sem ela do lado seria dificil Luan estabelecer alguma comunicação ali no hotel. Como ele sabia que não resolveria nada sozinho, decidiu voltar para o quarto e esperar mais um pouco, mesmo sentindo que esperar não era o melhor a se fazer. Ainda no elevador, Luan recebe uma ligação do Brasil, e vê que é de sua casa, atendendo no mesmo momento.

Ligação on.

-Alô?-diz Luan
-Luan, meu filho ta tudo bem com você e a Bia?-Marizete pegunta um pouco aflita do outra lado
-Ta sim-diz Luan achando estranho-porque?
-Então chama a Bia, e manda ela vim falar com a mãe dela, porque a Clarissa não ta bem
-Como assim o que minha sogra tem? e a Bia não ta aqui, ela levou minha camiseta que sujou para lavar em algum lugar
-Luan, manda a Bia ligar para a mãe dela, porque já ligamos varias vezes no celular dela e ela não atendeu
-Ela esqueceu o celular no quarto, quando ela chegar eu mando ela ligar ai
-Mas Luan por favor assim que ela chegar manda ela ligar aqui, porque a Clarissa esta com um mal pressentimento-diz Marizete tambem não se sentindo bem e Luan se arrepiou ao ouvir isso
-Pode deixar mãe-ele diz não tentando transparecer a preocupação-e meu filho como ta? tô com saudades
-Ele tambem acordou chatinho hoje, não quis brincar, não quis comer, e só chama pela mãe-diz Marizete com um ar de preocupada e Luan se arrepia mais ainda
-Da um beijo no meu filhão, e faz ele comer, não gosto de ver meu pequeno triste
-Eu tô tentando animar ele-ela suspira-fica com Deus meu filho, que Ele cuide de vocês
-Amém mãe, fica com Deus tambem-diz Luan respirando fundo e desligando o celular

Ligação off.

Assim que chega no andar de seu quarto, Luan sente um aperto grande no peito, e seu pensamento vai em Bia, ele olha para a aliança em seu dedo e a alisa pedindo para Deus cuidar de sua mulher. Ele entra no quarto e sente um vazio tão grande, em cima da cama havia uma blusa que Bia usou na noite passada, ele pega a peça a abraça e cheira, quando aquele perfume doce invade suas narinas outra vez um arrepio o percorre e uma vontade enorme de chorar o bate, sem ele entender o porque.

-Deus, cuida dela, eu não sei onde ela ta, mas cuida da minha menina, eu preciso dela ao meu lado, eu e meu filho precisamos dela

Ele respira fundo e olha para o alto, outra vez o bate uma vontade de sair por ai a procurando e ele mesmo sem entender segue esse instinto e vai em direção a recepção do hotel outra vez. Chegando lá, Luan vê uma mulher chorando desesperada e falando um monte de coisas como se estivesse descrevendo um assassino, ele apenas observava de longe, e um homem o toca no ombro.

-Fala português?-o homem o pergunta e Luan assente
-Sim, eu sou brasileiro
-Por acaso você não viu pelo hotel a mulher loira que a mulher estava descrevendo?-ele diz meio impassivo e o coração de Luan gela
-Que mulher loira?-ele já pensa em Bia
-Uma que estava vestida de faxineira, e saiu sabe lá para onde
-Não vi não cara, inclusive eu tô procurando a minha mulher, o senhor pode me ajudar perguntando ali na recepção se alguem a viu?
-Ajudo sim rapaz, só me fala como ela é que ai a descrevo para eles

Luan assente, e quando estava começando a falar de como Bia era para o homem, um funcionário do hotel aparece com uma camisa suja na mão vindo pelas escadas, e Luan reconhece que era a camisa dele.

-Cara aquela camisa é minha-diz Luan a apontando
-É sua?-o homem o pergunta sem entender
-Sim, minha mulher estava justamente procurando algum lugar para lavar minha camisa quando sumiu

As pessoas da recepção do hotel começou a ter uma movimentação em frente a tela do computador, e Luan já se preocupava mais ainda com o que poderia ter acontecido, o Português prestava atenção na conversa dos funcionários do hotel e estava boquiaberto.

-Que maldita-ele disse
-Quem é maldita?-Luan pergunta sem entender
-Nada meu bom rapaz, apenas preciso constatar uma coisa-diz o homem indo em direção ao elevador todo apressado

Como estava boiando e sem entender nada, Luan se aproxima do balcão da recepção e nota que eles olhavam as câmeras de segurança pelo computador, de relance ele pensa ter visto Bia na tela, mas logo um funcionário entra na frente o tampando a visão. Na recepção do hotel havia uma TV enorme, e um barulho como de um boletim de noticia urgente faz Luan olhar para a grande tela assustado, eles anunciavam um acidente, em que os policiais haviam encontrado um carro na beira de um penhasco, haviam duas mulheres no veículo, uma eles já haviam tirado o corpo de dentro do carro, e a outra infelizmente estava presa nas ferragens, com o carro prestes a pegar fogo devido o vazamento de gasolina que já era grande no local. Mesmo sem entender nada do que a noticia falava Luan estava vendo tudo aquilo com um aperto enorme no coração, e ao mostrarem mais ou menos o rosto da moça todo machucado, a que eles tentavam tirar das ferragens, Luan sente seu mundo cair, ele vê sua mulher ali, e era como se mil facadas estivessem atravessado o seu peito, como se tivessem arrancado seu coração do lugar do modo mais cruel possível, e a dor da perda bateu forte, o fazendo chorar em silêncio ainda em estado de choque, já que gritar, xingar e fazer um escândalo não resolveria nada, não voltaria no tempo, não trariam a sua mulher de volta.



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Olá amores, confesso que fiz em lágrimas esse capitulo, o que será que vai acontecer? será que Luan vai seguir em frente sem ela? comenteeeeem bastante, beijos <3
#RetaFinal #FortesEmoções #TristezaTotal #UltimosCapitulos

6 comentários:

  1. Já tá ficando sem graça isso de todas as fanfics quando acontece uma situação assim, o capítulo acaba...

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  2. Maria Clara Duarte

    A bia não pode morrer não é justo, tomara que ela tenha sido salva
    Continuaaaa

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  3. Que? Como assim?
    Não pode isso é inadmissível, parar na parte mais..... Não faz isso por favor posta mais.
    E outra ela não pode morrer.

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  4. n estou respirando depois desse capítulo

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Cada comentário é um beijo no Luan, comentem ai amores ;)